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Comunidades rurais de Barreiras recebem água tratada

18 de maio 2020

Depois de um período de dois meses em fase de testes e reparos na rede distribuidora, a Embasa começa a abastecer oficialmente os imóveis do Barrocão de Baixo, Bebedouro e Passagem Funda, na zona rural de Barreiras, no Oeste da Bahia. A empresa finalizou o cadastro de cerca de 500 famílias que passarão a receber água com regularidade e qualidade. A água tratada chegou em um momento importante para a população local diante das recomendações de higienização das mãos como recomendação para evitar a propagação do novo coronavírus. A operação deste sistema foi possível graças ao investimento de R$ 3,7 milhões, com recursos do Fundo Estadual de Combate a Erradicação da Pobreza (Funcep), e que também contemplou a localidade da Gameleira, que já vinha sendo atendida pela Embasa.

Além da correção dos vazamentos na rede distribuidora e nos hidrômetros para a leitura do consumo, a gerente da Embasa em Barreiras, Daryanne Mascarenhas, explica que uma equipe orientou sobre a importância do consumo racional e doa instalação de um reservatório dentro do imóvel. “Como é uma água tratada, recomenda-se o uso doméstico evitando a irrigação de plantações ou para dar água a criação de animais. Nossas equipes também reforçaram a importância de corrigir quaisquer tipos de vazamentos nas instalações internas que são de responsabilidade dos moradores do imóvel”, explica. Durante a fase de cadastramento, os titulares das contas foram orientados sobre o cadastramento na tarifa social para obterem o benefício de terem as suas contas de maio e junho pagas pelo Governo do Estado.

Uso em larga escala do Urucuia pode prejudicar rios do Oeste da Bahia, aponta estudo

28 de novembro 2019

Foi apresentado na terça-feira (19|nov) pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), na sede do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), em Brasília, o estudo Potencial Hídrico da Região Oeste da Bahia: Quantificação e Monitoramento da Disponibilidade dos Recursos do Aquífero Urucuia e Superficiais nas Bacias dos rios Grande, Corrente e Carinhanha. O trabalho foi financiado por produtores do Oeste da Bahia.

O encontro reuniu representantes da CPRM, Embrapa, UFV, Agência Nacional de Águas (ANA), Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Governo da Bahia, Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem e de associações de agricultores e empresas que atuam no setor agrícola de Minas Gerais e Bahia.

“O evento cumpriu seus objetivos, ou seja, compartilhar as informações coletadas, analisadas e interpretadas, e ouvir a opinião dos participes, das entidades e técnicos que contribuíram ou que representam instituições que estão se integrando em torno do conhecimento da complexidade da questão da água no aquífero Urucuia”, avalia o diretor-presidente da CPRM, Esteves Colnago.

Oeste da Bahia
A região Oeste da Bahia é uma das mais ativas fronteiras agrícolas do mundo, com potencial de aumento da produção irrigada, tanto na agricultura empresarial quanto familiar. Neste contexto, é necessário que o crescimento ocorra de maneira sustentável.

Ciente do desafio, a CPRM tem ampliado o conhecimento hidrológico e hidrogeológico na região, com redes de monitoramento das águas superficiais e subterrâneas, bem como desenvolvido estudos integrados e apoiado iniciativas na área do aquífero.

Aquífero Urucuia
O Aquífero Urucuia está localizado em sua maior parte no Oeste da Bahia, na margem esquerda do rio São Francisco, mas também ultrapassa os limites estaduais e está presente no extremo norte de Minas Gerais, extremo leste de Goiás e de Tocantins e extremo sul do Piauí e do Maranhão.

É um aquífero sedimentar poroso de grande potencial, contribuindo significativamente para a manutenção das vazões do rio São Francisco, especialmente entre a divisa do estado de Minas Gerais e a montante de Sobradinho.

Devido às condições climáticas, à abundância de recursos hídricos superficiais e subterrâneos e ao relevo da área, tem havido grande desenvolvimento da agricultura, especialmente irrigada. A utilização em larga escala dos recursos hídricos poderia comprometer a manutenção das vazões dos cursos d’água da região, como também as vazões do rio São Francisco e os seus usos como navegação e geração de energia elétrica.

O uso da água para irrigação, tanto superficial quanto subterrâneo, vem aumentando de forma significativa. Assim, tornou-se importante desenvolver estudos de disponibilidade hídrica superficial e subterrânea, com o objetivo, entre outros, de permitir a simulação de cenários de exploração de recursos hídricos.