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Covid-19, SARS, H1N1 – o que estas doenças têm a nos dizer sobre os problemas ambientais?

14 de maio 2020

Há grandes especulações sobre a origem do coronavírus. Alguns dizem que o vírus veio de morcegos, outros mencionam o pangolim — um animal que vive na região da China e cuja carne e pele são altamente apreciados pela gastronomia local, além de suas possíveis propriedades afrodisíacas. Há quem diga que ele é uma quimera (um monstro mitológico com cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de serpente, ou ainda, a combinação heterogênea ou incongruente de elementos diversos) entre um vírus selvagem e o vírus do HIV. O fato é que a maior parte dessas doenças é de origem animal e muitas delas vindas de animais silvestres.

Independentemente de valores culturais e éticos de alguns povos, vale ressaltar que a natureza é uma grande caixa-preta de microrganismos que nem sequer sabemos (ainda) que existem. Neste caso, ao adentrarmos esse grande quarto escuro, nós estamos sujeitos a encontrar vírus, bactérias e fungos que podem causar enfermidades para as quais nosso corpo não possui defesas.

Estudos publicados nos últimos 15 anos mostravam que havia enorme tendência do surgimento de novas doenças em função do tipo de alimentação de algumas populações, da destruição de habitats dos animais silvestres, do desmatamento, do crescimento populacional desordenado, da pobreza e do aquecimento global. Pois bem! É isso que estamos vivenciando. São as chamadas doenças emergentes em função desses fatores.  Dentre essas doenças, podemos destacar Ebola, AIDS/HIV, SARS, H1N1, gripe aviária, febre amarela, a famosa COVID-19, entre outras.

Por outro lado, temos uma boa notícia em meio ao caos. Podemos notar uma recuperação, uma sobrevida da natureza, mostrando sua enorme capacidade de resiliência. Vimos o reaparecimento de animais silvestres em algumas cidades em quarentena, melhoria da qualidade da água, redução da quantidade de poluentes na atmosfera e a consequente melhoria da qualidade do ar que respiramos. A pandemia da COVID-19 fez com que as atividades industriais diminuíssem consideravelmente. Há inúmeros cancelamentos de voos, reduzindo em cerca de 40% (de acordo com a Agência Espacial Europeia) as emissões de gases de efeito estufa e a poluição do ar em todo o mundo. Se há algo de positivo a tirar dessa terrível crise, pode ser o gostinho do ar puro que poderemos respirar em um futuro de baixo carbono.

O que podemos fazer para evitar situações como essas? Potencializar a comunicação entre ciência/cientistas com a população em geral. Implementar políticas públicas de saneamento básico, atuar no ensino com ênfase em educação socioambiental e em saúde pública desde os anos iniciais do ensino. Buscar o equilíbrio com o meio ambiente, respeitando a natureza e seus recursos e compreendendo que deve haver uma harmonia entre nós. Caso contrário, estaremos fadados a ser uma espécie em vias de extinção.

É sempre bom lembrar que nós, cidadãos, somos corresponsáveis pela disseminação da doença e, portanto, devemos nos cuidar e também pensar de forma coletiva. Para isso, adotar o uso de máscaras, evitar sair de casa sempre que possível, higienizar as mãos e tudo o que entra em nossos lares (cuidando para não gastar muita água) são formas de “achatar a curva” e determinar que esse período não se prolongue tanto.

 

Texto de Rodrigo Silva é biólogo, doutor em Ciências e coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental do Centro Universitário Internacional Uninter.

 

Dia Mundial do Meio Ambiente abre semana de eventos ao tema em Formosa do Rio Preto

13 de junho 2019

A 2ª Semana Municipal do Meio Ambiente de Formosa do Rio Preto aconteceu de 5 a 11 de junho – em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente – com uma extensa programação de atividades educativas, de conscientização e capacitação para a proteção ambiental. Estiveram presentes na abertura, o prefeito Dr. Termosires Neto, o secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Leanderson Barreto, a secretária de Educação, Luzinete Oliveira, o presidente da Câmara de Vereadores, José de Zuza, os vereadores Netinho e Hermínio, secretários e equipes do governo, estudantes e comunidade em geral.

“Mantemos o compromisso de realizar ações de educação ambiental e proteção ao meio ambiente, com uma secretaria atuante, que envolve as demais áreas da administração municipal, principalmente a Educação, e conclama toda a sociedade para juntos cuidarmos do nosso precioso patrimônio natural”, explica o prefeito Dr. Termosires Neto.

Capacitação para proteger e recuperar nascentes

O evento foi organizado pela Semmarh em parceria com a Secretaria de Educação e apoio das demais áreas da gestão. Após a solenidade de início, ocorreu, pelo segundo ano consecutivo, o curso de Revitalização de Nascentes, ministrado pelo professor Renato Rios, com intuito de recuperar, proteger e conservar as águas dos nossos rios e cuidar do nosso meio ambiente. Capacitação realizada no período de 5 a 7 de junho, incluindo a participação de estudantes do IFPI.

Mais Arborização

A Secretaria do Meio Ambiente também fez o plantio de mudas de árvores nativas em vias públicas do município, no dia 5 de junho, envolvendo os alunos das escolas municipais Nossa Senhora Aparecida e Joaquim Alexandre da Silva Filho, como parte do Projeto de Arborização da Cidade “Formosa Sempre Verde”, que faz a doação e plantio de árvores.

Mutirão retira lixo de dentro do Rio Preto

No dia 6, foi a vez do 2º Mutirão de Limpeza das margens e leito do Rio Preto, recolhendo diversos tipos de material com a participação das escolas da rede estadual de ensino Isabel Araújo, Nossa Senhora Aparecida e Cetep, da empresa Jurema, de bombeiros civis e comunidade.

Concurso de Paródia voltado para a conscientização

Já no dia 7, foram aclamados os vencedores do Concurso de Paródia com o tema “Meio Ambiente”, que foram: 1º Lugar: Milena Moreira e Jaiane Marçal (“Nós todos a ajudar”), estudantes do Colégio Municipal Coração de Jesus premiadas com um notebook; 2º Lugar: Yasmin Caitano e Sabrina Alves (“Temos que valorizar”), da Escola Municipal Virgem de Fátima, premiadas com um tablet; 3º Lugar: Aylla Sofhia Alves e Larissa Pereira (“Só depois de cuidar”), alunas do Colégio Municipal Joaquim Alexandre da Silva Filho, que receberam um kit escolar.

De acordo com o secretário Leanderson, “foi mais uma iniciativa de reflexão para os alunos do município, assim fortalecemos nossa prática educativa e ajudarmos a formar pessoas mais conscientes e voltadas para a preservação da natureza”, falou, parabenizando a todos pelas produções. Foram jurados do concurso José Arnaldo, Bira Lisboa, João Henrique Guedes de Assis, Sandalo Nogueira e Darlan Lustosa.

Comunidade de Arroz aprendeu a fazer fossa séptica

O curso de “Construção de Fossa Séptica”, voltado para moradores e lideranças da zona rural do município e cuja primeira edição foi viabilizada no Povoado de Arroz de Cima, aconteceu nos dias 10 e 11, ministrado pelo professor Luan Ritchelle, da Universidade Federal de Viçosa/MG, com o objetivo de ensinar essa técnica que melhora a qualidade de vida das pessoas e protege o meio ambiente.