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Golpe derruba Evo Morales, chefe do governo mais exitoso das Américas nos últimos 40 anos

10 de novembro 2019

Teleférico em La Paz, o maior do mundo, símbolo do desenvolvimento boliviano

Em treze anos de governos do presidente deposto Evo Morales, a Bolívia quadruplicou seu Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período, o país manteve uma média de crescimento de quase 5% ao ano, uma das maiores taxas do mundo. Com Evo, a Bolívia viu a pobreza extrema cair de quase 40% de sua população para cerca 15%. Nenhum país das Américas, incluindo Estados Unidos e Canadá, cresceu tanto economicamente e tirou tantas pessoas da miséria como na Bolívia. O programa de distribuição de renda implementado pelo governo é comparável ao modelo suíço. A dívida boliviana para com a banca internacional de agiotas gira entorno de 25% do PIB – no Brasil chega a quase 100%. As políticas econômica e social no país andino são de longe as mais positivas dos últimos 40 anos no continente. Apesar de tudo isso, sob pressão desde as últimas eleições presidenciais de outubro, no fim da tarde deste domingo (10|nov), Morales foi obrigado a renunciar. No Twitter, o ex-presidente escreveu: “Renuncio para que Mesa (ex-presidente da Bolívia Carlos Mesa) e Camacho (Luis Fernando Camacho, um misto de João Doria e Silas Mafalaia) parem de perseguir, sequestrar e maltratar meus ministros, líderes sindicais e suas famílias e para que não continuem prejudicando os trabalhadores”. O México ofereceu asilo político a Juan Evo Morales Ayma Orinoca.