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Empresa defende plantio de maconha no Oeste da Bahia; Angical seria polo

13 de junho 2019

A Anvisa encaminhou na última terça-feira (11|jun) consulta pública sobre a regulamentação do cultivo de Cannabis Sativa para uso medicinal no Brasil. As medidas tratam de regras para o registro de medicamentos produzidos a partir da maconha. Empresas, pesquisadores e representantes da sociedade civil poderão participar da consulta, que deve ficar aberta por pelo menos dois meses.

Nos Estados Unidos da América, onde a produção de remédios e outros produtos à base de componentes da folha é permitida em vários Estados, foram cultivados mais de 31 milhões de hectares de Cannabis para fins industriais em 2018, movimentado um mercado de aproximadamente R$ 5 bilhões, aponta matéria da jornalista Carla Aranha, para o portal da revista Globo Rural.

A maconha vem sendo utilizada para a fabricação de medicamentos para uma série de doenças, entre elas epilepsia, mal de Parkinson e esclerose múltipla. A fibra da planta, bastante resistente, é empregada na produção de tecidos, materiais para a construção civil e móveis há milhares de anos.

Um grupo de empresários aguarda o parecer final da Anvisa para começar a investir no cultivo e na produção no Brasil. Eles são proprietários do grupo Piahuy, que fabrica, no Uruguai e em Portugal, remédios feitos com princípios ativos do cânhamo. “O processo começou a caminhar mais rapidamente no Brasil”, diz Eduardo Sampaio, um dos proprietários da empresa, que planeja investir cerca de R$ 20 milhões em unidades fabris no país.

Se o cultivo for legalizado, o empresário pretende comprar a planta de agricultores com autorização para o cultivo. Segundo Sampaio, o “Cerrado e a região Oeste da Bahia, com tempo ensolarado e a quantidade ideal de chuvas para a Cannabis, seriam áreas propícias para o plantio”.

 

Há pelo menos 10 anos eu escrevo por aqui e tenho dito por aí que, quando o Brasil compreender com clareza, despido de preconceitos moral e religioso, a importância econômica da maconha, nós poderemos garantir emprego, renda e desenvolvimento social a partir do cultivo da planta. Mais do que isso, eu arrisco sempre em dizer, e repito agora, que a reforma agrária de Angical reúne por diversos motivos as condições necessárias para se tornar o maior polo de plantio da folha no Nordeste. |Fernando Machado| 

‘Oeste da Bahia pode ser um dos grandes produtores de açúcar e álcool do Brasil’, acredita Antonio Henrique Júnior

10 de junho 2019

O governo baiano está trabalhando para viabilizar a implantação de um complexo usineiro no Vale do São Francisco, no Oeste da Bahia. Entusiasta do projeto, o vice-governador João Leão, que acumula a função de secretário estadual de desenvolvimento econômico, esteve neste final de semana nos municípios de Barra e Muquém do São Francisco, acompanhado pelo deputado Antonio Henrique Júnior, o ex-ministro Anderson Adauto, os empresários Sérgio Paranhos e Pedro do Leite, o ex-prefeito de Barra, Artur Filho, e usineiros do triângulo mineiro.

Durante a visita ao canavial da Fazenda Paranhos, em Muquém, Antonio Henrique Júnior fez questão de externar todo o seu otimismo com o projeto: “A Bahia, com a tecnologia e expertise da agricultura de ponta instalada na região Oeste, pode se consagrar como um dos maiores produtores de açúcar e álcool do Brasil. Atualmente produzimos apenas 10% do açúcar que consumimos. Com a construção de novas usinas diminuiremos, também, a importação de etanol oriundo de outros estados e ainda vamos gerar mais de três mil empregos diretos. Tudo isso representará um estímulo significativo para a nossa economia”, afirmou o deputado.