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“Toinho pode ser candidato a vice-governador”, por Fernando Machado

04 de fevereiro 2021

Impedido legalmente de concorrer a um terceiro mandato, o atual vice-governador da Bahia, João Leão tem a difícil missão de conduzir o PP de modo a compor uma chapa na disputa pelo governo do Estado em 2022.

Na mesma situação do pai, o deputado federal Cacá Leão – também alcançado pela Lei Eleitoral – não pode concorrer ao cargo de vice-governador.

Ao Progressista não falta espaço. Mas a questão é: o que fazer com João Leão?

Pelo campo governista, ele pode concorrer ao Senado. Porém, como só há uma única cadeira em jogo, Leão teria de convencer o senador Otto Alencar (PSD) a desistir da reeleição.

Numa eventual candidatura do senador Jaques Wagner ao governo, o PP será naturalmente mantido na chapa.

No outro flanco, se João Leão decidir marchar com a Oposição, entorno da candidatura de ACM Neto (DEM), terá tranquilamente a candidatura ao Senado garantida.

Caso isso ocorra, o PP garante também a indicação de um nome da sigla a vice de ACM.

É aí, na composição da chapa, seja com Wagner ou Neto, que entra a figura do deputado estadual Antonio Henrique Júnior.

De fino trato e movimentos comedidos, Toinho conquistou não só a confiança de Leão em quase 8 anos de mandato, mas é tratado pelo vice-governador como um filho.

Entre aliados e oposicionistas na Assembleia Legislativa, Antonio Henrique Júnior tem trânsito livre.

Nos municípios, o deputado é respeitado e admirado tanto por correligionários como por adversários.

Para Wagner, manter o Progressista na aliança e ter um vice do interior, é basicamente repetir a estratégia vitoriosa de 2006.

Receber Leão e reunir a maior parte das forças políticas do Oeste da Bahia numa corrida que promete ser decidida no photochart, é fundamental para ACM Neto.