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Com o segundo maior volume de produção de peixes de cultivo da Bahia em 2024, Barreiras se consolida como uma das principais forças da piscicultura no estado. A cidade dá um passo decisivo com a construção da nova Unidade de Beneficiamento de Pescado, na localidade de Baraúna, ampliando ainda mais sua influência na cadeia produtiva do Oeste baiano.

Nessa perspectiva, a Prefeitura realizou, na última quinta-feira (24), o 4º Workshop de Piscicultura, reunindo produtores, técnicos, estudantes e representantes de instituições públicas e privadas. O evento, promovido pela Secretaria Municipal de Agricultura e Tecnologia, integrou a programação de Páscoa do município e teve como foco o fortalecimento do setor por meio da difusão de conhecimento técnico, boas práticas e inovações.

A programação contou com palestras, estações demonstrativas e visitas técnicas, abordando temas como qualidade da água, nutrição, manejo, sistemas de bioflocos e outorga de uso da água. O encontro destacou a importância da qualificação e da inovação para a sustentabilidade da atividade na região.

A nova Unidade de Beneficiamento de Pescado, desenvolvida com apoio dos governos municipal, estadual e federal, promete ser um marco para a piscicultura local. Além de ampliar a produção e garantir um pescado de melhor qualidade, a estrutura também contribuirá para a merenda escolar de mais de 25 mil alunos e para o abastecimento das unidades de saúde do município.

O investimento na piscicultura em Barreiras também representa inclusão produtiva. Produtores que antes atuavam de forma informal agora terão acesso a mercados regulamentados, com valor agregado e maior renda. Entre as principais espécies cultivadas no município estão tilápia, tambacu, pirarucu, tambaqui, carpa, pintado e surubim.

A piscicultura em Barreiras cresce com base em conhecimento, organização e tecnologia — ingredientes que tornam o setor cada vez mais promissor para a economia regional.

Durante a sessão da Câmara Municipal de Barreiras, realizada na última terça-feira, dia 22 de abril, a vereadora Silma Alves trouxe à tona uma polêmica envolvendo a área da saúde pública do município. Em seu pronunciamento, Silma afirmou que a Prefeitura de Barreiras divulgou uma matéria oficial que dá a entender que não há mais fila de espera para exames clínicos e cirurgias eletivas no município — uma declaração que, segundo ela, não condiz com a realidade vivida pela população.

A vereadora se referia à matéria publicada no portal oficial da Prefeitura, intitulada “Em diálogo com servidores da Central Integrada de Regulação, Prefeito Otoniel Teixeira destaca compromisso com a agilidade na marcação de exames e procedimentos no município”. No texto, a gestão municipal afirma:

“Desde o início deste ano estamos realizando cirurgias, e atualmente não temos demanda reprimida para os procedimentos de média complexidade.”

A partir dessa afirmação, Silma destacou o seguinte raciocínio:

“Se não há demanda reprimida, logo não temos mais fila.”

Apesar de a informação constar de maneira clara no material institucional da Prefeitura, o conteúdo não encontra respaldo nos relatos de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), que ainda enfrentam demoras significativas na realização de exames e procedimentos eletivos. Para a vereadora, a contradição entre o discurso oficial e a realidade dos pacientes precisa ser discutida com responsabilidade.

“Não podemos permitir que a narrativa institucional se sobreponha ao que o povo sente na pele. A fila ainda existe. Há pacientes esperando há meses por exames simples e cirurgias que não são de emergência, mas que impactam diretamente a qualidade de vida das pessoas”, afirmou Silma Alves durante a sessão.

A Central Integrada de Regulação, mencionada na reportagem da Prefeitura, é responsável por organizar e viabilizar o acesso da população a exames e procedimentos especializados. A vereadora cobrou transparência nos dados sobre a fila e questionou quais critérios foram utilizados pela gestão municipal para afirmar que não há mais demanda reprimida para procedimentos de média complexidade.

Moradores de diferentes bairros da cidade têm relatado dificuldades para conseguir marcações e prazos considerados longos para exames como ultrassonografias, endoscopias e consultas com especialistas. Em redes sociais e em grupos de mensagens, diversos relatos apontam para uma realidade bem distinta da apresentada na matéria institucional.

A declaração oficial da Prefeitura ainda não foi revisada ou esclarecida até o momento. Já a vereadora reforçou que seguirá acompanhando o tema e pretende solicitar formalmente, nos próximos dias, a apresentação de dados oficiais sobre a fila de espera na rede municipal de saúde.

A discussão reacende o debate sobre transparência na gestão da saúde pública e a importância de alinhar a comunicação institucional com a realidade vivida pelos cidadãos.

A modernização do nosso aeroporto representa um avanço importante para a infraestrutura de transporte da região Oeste. A ampliação da pista, as melhorias no terminal de passageiros e os novos serviços de embarque e desembarque oferecerão um equipamento moderno, tecnicamente preparado para receber mais voos e novos modelos de aeronaves. No entanto, eu desconfio, essa transformação física não é suficiente, por si só, para garantir a integração efetiva da região à malha aérea nacional.

Para que o Aeroporto de Barreiras alcance sustentabilidade financeira e se torne um verdadeiro vetor de desenvolvimento regional, é necessário ir além do investimento em obras pontuais. O desafio é estrutural e estratégico: passa pela construção de uma política pública articulada, pelo fomento à economia local e, sobretudo, por uma visão de futuro capaz de transformar potencial em realidade.

Um aeroporto moderno, mas ainda economicamente inviável
Segundo o Plano Aeroviário Nacional (PAN) de 2018, aeroportos classificados como 3C, caso do Aeroporto de Barreiras, precisam registrar ao menos 150 mil passageiros por ano para que a receita obtida com as operações seja suficiente para cobrir os custos operacionais. Hoje, esse número está longe de ser alcançado. Isso significa que, mesmo com a modernização, o aeroporto seguirá demandando subsídios públicos por um período considerável — o que não invalida o investimento, mas exige um planejamento que vá além da estrutura.

Em outras palavras, a existência de uma pista ampliada e um terminal confortável não garantem, automaticamente, mais voos e mais passageiros. A conectividade aérea é um reflexo direto da dinâmica econômica e da atratividade regional. E é aí que entram as ações estratégicas que precisam ser lideradas sobretudo pela Prefeitura de Barreiras, com participação ativa da sociedade civil e do setor privado.

O exemplo do Jalapão e o potencial turístico da região
Uma lição importante vem do Tocantins. Segundo o estudo “Projeção de Demanda – Metodologia e Resultados”, publicado pelo então Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil em 2017, a demanda do Aeroporto de Palmas tende a crescer de forma exponencial nos próximas 10 anos, impulsionada principalmente pelo turismo no Parque Estadual do Jalapão. O que isso mostra? Que a articulação entre turismo e infraestrutura aérea pode ser uma alavanca poderosa de desenvolvimento.

O Oeste da Bahia também possui belezas naturais, identidade cultural rica e uma localização estratégica que o coloca próxima ao agronegócio de ponta, à fronteira do Tocantins, aos atrativos do cerrado baiano e do próprio Jalapão. No entanto, falta ainda um esforço articulado para transformar essas vantagens em políticas de incentivo ao turismo regional consorciado, que envolvam municípios como Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Correntina, Baianópolis, Barra, Formosa do Rio Preto e até regiões do norte tocantinense.

Eu tratei exatamente disso no ano passado, durante a campanha eleitoral. Lembra?

Barreiras: de polo regional a liderança estratégica
Barreiras precisa assumir esse protagonismo. Mais do que ser um polo regional de fato, é hora de se tornar uma liderança estratégica na articulação de um grande projeto de desenvolvimento. Isso significa criar um ambiente de cooperação intermunicipal, estimular a economia criativa, valorizar os atrativos turísticos e investir em infraestrutura complementar.

Um exemplo claro dessa integração necessária é a construção de uma estrada pavimentada ligando a comunidade de KM30, na BR020, à BA826, na Serra da Bandeira. A obra, aparentemente simples, teria um impacto logístico significativo: facilitaria o acesso ao aeroporto por parte das populações de Luís Eduardo Magalhães, Roda Velha e Rosário, inclusive do norte do Tocantins, encurtando distâncias e superando o trecho íngreme que atualmente dificulta o deslocamento. Além disso, agilizaria o escoamento de cargas e insumos, ampliando o uso do aeroporto como terminal de carga, não apenas de passageiros.

Planejamento e visão integrada
A revista Esfera Brasil, da think tank (instituições que se dedicam a produzir conhecimento sobre diversos temas) de mesmo nome, em sua última edição, traz reportagem assinada pelo jornalista Carlos Tautz que reforça a tese que há muito tempo vem sendo debatida no Oeste da Bahia. O professor Elton Fernandes, titular dos Programas de Engenharia de Produção e de Engenharia de Transportes da COPPE/UFRJ, afirma que “em locais onde a demanda potencial existe, gargalos de infraestrutura deficiente, custos elevados e a ausência de políticas integradas impedem que os aeroportos regionais desempenhem seu papel como vetores de desenvolvimento regional”.

Essa análise dialoga diretamente com o que vivemos em Barreiras. A demanda potencial existe — tanto no agronegócio quanto no turismo, comércio e serviços — mas a infraestrutura de acesso, a falta de integração entre os municípios e a ausência de estratégias públicas articuladas ainda são entraves significativos.

O papel da sociedade civil e o desafio do poder público
Iniciativas como o movimento Decola Oeste são fundamentais e merecem reconhecimento de todos nós. A sociedade civil organizada tem dado demonstrações claras de mobilização e compromisso com o desenvolvimento da região. Mas, é papel do poder público liderar esse processo, essencialmente a Prefeitura de Barreiras, que tem a responsabilidade institucional e a força política para coordenar um projeto de longo prazo.

O Aeroporto de Barreiras pode, sim, se integrar à malha aeroviária nacional, oferecendo voos regulares para diversos destinos e desempenhando papel logístico crucial. Mas essa conquista exigirá mais do que obras: será resultado de um projeto coletivo, planejado, integrado e de longo alcance, que una infraestrutura, políticas públicas, desenvolvimento regional e, claro, lideranças capazes de reunir interesses num único voo.

Salvador, 23/4/2025 – Os Correios concluíram o projeto de codificação postal de Jaborandi/BA. Agora, o município possui 144 logradouros/trechos cadastrados com novo Código de Endereçamento Postal (CEP), em 13 bairros. Além de facilitar a localização de endereços, beneficiando moradores e empresas que prestam serviços em Jaborandi, o sistema ainda permite que o CEP seja usado como referência de garantia de confirmação de endereço, prática comum entre empresas de diversos segmentos.

A atual faixa de CEP (47655-001 a 47664-999) foi mantida. O CEP geral que atualmente atende à localidade (47655-000) permanecerá ativo por três meses, a contar de 15 de abril de 2025, para minimizar quaisquer transtornos aos clientes no envio e recebimento de objetos postais, até que haja a adaptação aos novos CEPs por logradouro. A zona rural do município será atendida pelo CEP 47658-899. 

Confira a relação dos bairros:

A população deve entrar em contato com seus correspondentes e empresas onde possuam cadastro para informar o novo CEP do seu endereço. Só serão atualizados automaticamente os sistemas de bancos e empresas que trabalham conectados ao banco de dados dos Correios.

Os CEPs específicos já estão disponíveis para consulta no site dos Correios e também na agência do município. Com essa ação, os Correios buscam a melhoria da prestação de serviços aos moradores, promovendo a cidadania e contribuindo para uma sociedade mais organizada e inclusiva.

CEP é cidadania – O código de endereçamento postal orienta e acelera o encaminhamento, o tratamento e a distribuição de objetos de correspondência, por meio da sua atribuição a localidades, logradouros, unidades dos Correios, serviços, órgãos públicos, empresas e edifícios.

A manutenção das áreas públicas limpas e em condições de higiene é uma obrigação da administração municipal, assim como é de responsabilidade dos proprietários a manutenção de seus lotes sempre capinados, drenados, limpos e sem materiais nocivos à saúde da comunidade.

Por esse motivo, a Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães, através da Secretaria de Infraestrutura e Urbanismo, lembra que, desde o ultimo dia 7 de abril, iniciou a contagem dos 30 dias para que proprietários de terrenos na área urbana da cidade, realizem a limpeza de seus lotes.

A medida cumpre o Decreto nº 2.664, de 7 de abril de 2025, que dispõe sobre a regulamentação, fiscalização, lançamento e cobrança de custos pela limpeza de terrenos urbanos situados no município.

Tempo de adaptação
Os donos de lotes terão até o dia 07 de maio para realizarem a limpeza do terreno. Passado este prazo, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Urbanismo irá realizar o serviço, fazendo a roçagem, remoção e destinação final dos resíduos, a um custo de R$ 1,08 (um real e oito centavos), por metro quadrado. Além do valor do serviço, os proprietários terão que pagar uma multa no valor de R$ 183,46 (cento e oitenta e três reais e quarenta e seis centavos)

IMPORTANTE! É sempre bom lembrar que limpeza de lote é uma questão de saúde pública. Lotes limpos reduzem drasticamente doenças como Dengue, Zika e Chikungunya.

Fiscalização
As secretarias municipais da Fazenda e de Infraestrutura e Urbanismo ficarão responsáveis pela fiscalização do cumprimento das determinações previstas no decreto. Em caso de reincidência no período de um ano, a multa será aplicada em dobro.

O Incra liberou R$ 1,9 milhão em crédito para 162 famílias de 12 assentamentos e um território quilombola na Bahia. Os recursos, repassados em 10 de abril, fazem parte do programa Crédito Instalação, que apoia a estruturação dos lotes, produção agrícola e acesso à água.

Modalidades de crédito

  • Apoio Inicial: R$ 648 mil destinados a 81 famílias com crédito de R$ 8 mil cada. Prazo de carência de 3 anos e desconto de 90% na quitação.
  • Fomento: R$ 1,1 milhão para 73 famílias, com R$ 16 mil por beneficiário. Carência de 2 anos e 80% de desconto.
  • Semiárido: R$ 112 mil para 7 famílias, com os mesmos R$ 16 mil por unidade e 90% de desconto.
  • Fomento Mulher: R$ 8 mil para uma beneficiária em Xique-Xique, com carência de 3 anos e 90% de desconto.

Projeto técnico obrigatório

Para todas as modalidades, exceto o Apoio Inicial, é necessário apresentar um projeto técnico que detalhe o uso dos recursos. O plano deve ser feito por profissionais do Incra ou entidades credenciadas.

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