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março 17, 2020
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Exc. Presidente
Sr. Eurico Queiroz

Demais membros da mesa, os quais eu cumprimento na figura do 2º secretário Hipólito dos Passos de Deus,

Senhores vereadores, que eu os saúdo através do vereador Vivi Barbosa
Senhoras vereadoras, as quais me dirijo em nome da vereadora Beza,

À imprensa especializada aqui presente,

E, por fim, aos homens e mulheres de Barreiras que nos acompanham daqui do plenário e pelas mais diversas formas.

Meu boa noite!

Sr. Presidente, subo à tribuna nesta terça-feira para tratar de dois assuntos que, a primeira vista, parecem desconexos um do outro.

Quero falar do ocorrido no último dia 12 no município de São Desidério, quando o prefeito de Barreiras, pessoalmente, coordenou os trabalhos de recuperação de um pequeno trecho da BA-463.

Já não é mais segredo para ninguém que Zito Barbosa tem preferência pelo asfalto. Sua predisposição em gastar quase que unicamente os parcos recursos próprios do município com o revestimento, nos causa estranheza.

O asfalto substituiu, nesta gestão, o lugar do homem, da mulher, das crianças, dos idosos, das pessoas.

A medição de cada metro quadrado pavimentado por asfalto virou uma obsessão para o prefeito.

Se há investimentos na educação das nossas crianças, estes estão sendo feitos com recursos extraordinários.

Se não fossem os quase 200 milhões do precatório, que pertencem, em parte, aos profissionais em educação, nossas crianças estariam abrigadas em escolas de asfalto, sentadas em carteiras de asfalto e aprendendo em quadro negro de asfalto?

Tudo em Barreiras se resume a asfalto!

Se asfalto fosse remédio, como talvez quisesse o prefeito Zito Barbosa, o sistema público de saúde do município seria o mais eficaz e humano do planeta terra.

Mas, não! A saúde de Barreiras está à beira do caos, margeando o absurdo, num claro e visível processo de abandono e insensibilidade.

Há quem acredite no santo remédio do asfalto como solução para todos os males.

Mas só quem precisa do sistema público de saúde, quem procura atendimento médico nas unidades de Barreiras, sabe o quanto tem sido doloroso ser obrigado a pagar o preço do asfalto.

É preciso pavimentar ruas? Sim, claro. Mas esta não deve ser a única missão de um governo.

A compulsão do prefeito de Barreiras por asfalto extrapolou os limites do município.

Se não bastasse fazer da política do asfalto manequim de vitrine do seu governo, Zito Barbosa a levou para São Desidério.

Ao empenhar tempo, energia e dinheiro no fechamento de alguns buracos numa rodovia estadual, num trecho localizado noutro município, sem que haja ganho direto à população de Barreiras, o prefeito Zito Barbosa desnudou sua fria face: ele só pensa nele mesmo!

O serviço realizado em São Desidério foi feito na porta da casa dele, para resolver um problema dele, para satisfazer um desejo dele. Além disso, o chefe do executivo, de Barreiras, aproveitou a situação na cidade vizinha, São Desidério, para atiçar os opositores do prefeito Zé Carlos, que por sinal faz uma grande administração, no sentido de ajudar um dos membros de sua família a retomar o poder no município.

A empreitada do nosso prefeito na cidade ao lado seria absolutamente aceitável se Barreiras não tivesse problemas na saúde, na educação, na segurança pública, no lazer, infraestrutura e etc.

Tudo isso prova o que muitos de nós aqui já desconfiávamos: o distanciamento emocional do prefeito de Barreiras para com as pessoas. Ele não gosta de gente!

Para ele o que importa é o poder!

Se a vida das pessoas no Condomínio Habitacional Ribeirão, por exemplo, ou no Conjunto Habitacional Rio Grande, fosse boa, não teria problema algum a escapada de Zito ao Sítio do Rio Grande.

É de cortar o coração o que aquela gente tem sofrido!

Se as ruas dessas comunidades tivessem recebido uma atenção qualquer, Zito poderia ter ido brincar de poderoso na sua antiga cidade.

E não vale argumentar que a infraestrutura do Ribeirão é de responsabilidade da Caixa Econômica, pois a rodovia em São Desidério pertence ao governo da Bahia.

Ele não sabe o que nós, o povo de Barreiras, sentimos e pensamos.

Frio!

Ainda sim, se o Ribeirão e o Rio Grande fossem o único bairro a sofrerem com a falta de atenção, o nosso prefeito não estaria autorizado por nós a cuidar da porta da sua casa, principalmente noutra cidade.

Escute sua gente, prefeito! Receba seu povo! Abrace as pessoas, Zito!

Por fim, quero lembrar que há pelo 45 dias eu anunciava aqui a chegada ao Brasil de uma pandemia, e pedia que o município se organizasse para atender os nossos doentes. Pois bem, hoje a Prefeitura baixou um decreto determinando o fechamento de quase todos os serviços públicos e privados na cidade.

Mas será que a Secretaria de Saúde está de fato pronta para cuidar das pessoas?

O que foi feito nesse período, além de asfalto, para enfrentar o coronavírus?

Eu quero me colocar a disposição, na condição de médico, para ajudar nossa gente no quer for preciso.

Muito obrigado!

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