
Barreiras, 26 de maio de 2025.
134 anos.
Não é só uma data.
É o acúmulo de histórias que resistiram ao tempo — algumas contadas, outras ainda submersas sob as pedras do Rio Grande. É a cidade que começou como travessia e virou destino.
Ali, entre fluxo e espera, nasceu o povoado. Em 1891, elevou-se a vila. Desvinculou-se de Angical. E começou a desenhar a própria rota.
O tempo passou e o cerrado se abriu.
Chegaram as máquinas. A soja. O milho. O algodão. Vieram as colheitadeiras, os silos, as estradas. Veio o agro. E com ele, uma nova geografia: o MATOPIBA.
Barreiras virou centro. Pulsação. Base logística, rota de exportação, coração agrícola de uma fronteira que mistura siglas e sonhos.
Mas a cidade não é só produção.
Tem também a fé do povo. O som dos festejos. As tradições que ainda resistem entre um loteamento novo e uma escola estadual. Tem São João, tem Carnaval Cultural, tem Santo Antônio. Tem altar, batuque e cheiro de milho assado no ar.
E tem memória.
A ponte que liga os bairros carrega o passado sobre o presente. O rio ainda atravessa tudo: a paisagem, a infância, a linguagem.
Hoje, com mais de 160 mil habitantes, Barreiras é polo — de saúde, de ensino, de decisão. Sedia universidades. Hospitais. Feiras. Fóruns.
Ganha asfalto, viaduto, condomínio e centro cirúrgico.
E carrega o desafio de crescer sem perder o norte.
Em 134 anos, muita coisa mudou.
Outras tantas seguem iguais: a força de quem chega, a coragem de quem fica, a esperança de quem planta.
Barreiras é uma cidade que não para. Que planta no cerrado e colhe no concreto.
Que olha para frente, sem esquecer das águas que a fizeram nascer.
Parabéns, Barreiras.
Teu futuro ainda é rio correndo.