O pré-candidato a governador da Bahia, ACM Neto (DEM) tenta manter estratégia usada nas últimas eleições.
Ao invés de dividir selfie nas redes com cansados atores da política estadual, o que prejudica o discurso da mudança, Neto tem procurado compor com figuras desconhecidas do grande eleitorado.
Na eleição de 2012, quando eleito prefeito de Salvador, ACM foi buscar a contadora Célia Sacramento, do Partido Verde, para vice-prefeita. Em 2016, na disputa pela reeleição, trouxe o amigo e deputado Bruno Reis, para o lugar de Célia.
Candidato a prefeito, em 2020, Bruno teve como companheira de chapa, por indicação de Neto, a administradora Ana Paula Matos.
Apesar da opção por jovens – e de sua confiança -, o ex-prefeito ainda sim consegue atender aos interesses partidários.
Em 2011, Neto levou Bruno para o PRB, quando este se elegeu deputado estadual. Em 2015, porém, Reis disputou a reeleição pelo PMDB. Na eleição de 2018, o hoje ministro da Cidadania, João Roma, ganhou uma vaga na Câmara Federal pelo Republicanos, também por determinação de ACM. Em 2020, Ana Paula chegou ao PDT, para compor a chapa de Bruno.
Agora, para o certame que se aproxima, não poderia ser diferente.
De acordo com a jornalista Chayenne Guerreiro, do portal de notícias Metro1, o PDT estuda romper a aliança com o pré-candidato a governador. Segundo o presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, a sigla recebeu uma única oferta de Neto: ocupar a vice na chapa, servindo de “barriga de aluguel”, para Marisete Bastos, esposa do prefeito de Barreiras, Zito Barbosa (DEM).
Diante do cenário, Lupi estaria, desde o fim de janeiro, procurando uma saída para o partido na Bahia, de modo a contribuir com a campanha de Ciro Gomes a presidente.
Caso seja confirmada como candidata a vice-governadora, Marisete deve ingressar num dos partidos que formam o cinturão de apoio político a ACM Neto.

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