O aumento do número de casos e mortes provocados pela pandemia do novo coronavírus tem causado perplexidade na população de Barreiras. A situação parece ter fugido ao controle da gestão municipal e o secretário de saúde do estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, chamou atenção para o crescimento, acima da média, do número de pessoas contaminadas em cidades da região oeste, mais especificamente em Barreiras e Luís Eduardo Magalhães.

Questionado sobre o tema, o deputado Antonio Henrique Júnior voltou a se manifestar favorável a ampliação das medidas essenciais como o isolamento social e foi além, afirmando que o lockdown (fechamento total), mesmo sendo um remédio amargo, é o se apresenta como o mais indicado no momento. “É lamentável a omissão do prefeito de Barreiras diante do avanço da pandemia do coronavírus no município. Felizmente o Governo do Estado tem atuado em diversas frentes para conter o avanço da infestação em nosso território, a exemplo do decreto ampliando o horário em que não é permitida a circulação de pessoas em vias públicas. Não podemos mais aceitar a falta de comprometimento do prefeito Zito Barbosa com essa luta em defesa da vida”.

De acordo com dados do Observatório Nacional sobre Questões Ambientais, Econômicas e Sociais de Alta Complexidade e Grande Impacto e Repercussão, coletivo criado pelos Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Barreiras contabiliza 28 óbitos por Covid-19.

Os dados são do Portal de Transparência do Registro Civil, site mantido pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (ARPEN), entidade que congrega os Oficiais de Registro Civil de todo o País, usado como base de dados para o Observatório no acompanhamento dos casos da pandemia de Coronavírus no Brasil.

Segundo o sítio de livre acesso, das vítimas mortas registradas em Barreiras, 19 eram do sexo masculino e 9 feminino – homens: 1 com idade de 30 a 39 | 1 com idade de 40 a 49 | 5 com idade de 50 a 59 | 3 com idade de 60 a 69 | 7 com idade de 70 a 79 | 2 com idade de 80 a 98. Mulheres: 2 com idade de 20 a 29 | 2 com idade de 50 a 59 | 3 com idade de 60 a 69 | 2 com idade de 70 a 79.

Um dado assustador diz respeito aos óbitos por pneumonia. Enquanto que no ano passado  59 pessoas morreram em Barreiras pela doença, em apenas 6 meses de 2020, outras 49 perderam a vida por causa da enfermidade.

As mortes em casa por insuficiência respiratória também chamam a atenção. O banco de dados diz que durante os 12 meses de 2019, quatro pessoas morrem nos próprios lares. Mesmo número de vítimas até o momento neste ano, um aumento de 100%.

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A subnotificação de casos de coronavírus pode estar ocultando os números reais da doença em Mato Grosso do Sul, refletindo diretamente no resultado total dos casos. É o que indica uma pesquisa realizada por três universidades brasileiras, entre elas a Ufob (Universidade Federal do Oeste da Bahia).

O estudo “Relatório técnico descritivo: Geocartografia dos Indicadores de Morbidade e de Mortalidade da Covid-19 em Mato Grosso do Sul, da 27ª à 29ª semanas epidemiológicas” mostra que muitos casos de agravos à saúde, internações e óbitos registrados como SRAGs não específicas podem ser casos de Covid-19.

“Muitos casos de internações e óbitos registrados como SRAGs não específicas podem ser casos de Covid-19. E isso nos chama a atenção para a subnotificação da doença, a baixa proporção de população testada e pela baixa sensibilidade do teste, aplicado de forma pouco invasiva”, explica Adeir  Archanjo da Mota,  que coordena equipe de pesquisadores da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul ) e da UFOB (Universidade Federal do Oeste da Bahia), que conta também com a participação da UFGD.

Segundo o pesquisador, a correta interpretação desse dado é fundamental para que as autoridades reconheçam a necessidade de alcançar níveis de testagens massivos para evitar distorções nos registros e interpretações dos dados. “Ou admitimos os níveis que estas taxas de letalidade representam como possíveis casos de Covid-19 ou admitimos a baixíssima testagem nesses municípios. Acreditamos que tem mais gente morrendo de Covid-19 e muito mais casos que não aparecem nos dados oficiais”, afirma o professor.

Segundo o professor Cremildo João Baptista, do Campus de Coxim, nem tudo que é SRAG é Covid19 e vice-versa, sendo preciso realizar melhor a diferenciação que, sem testes, pode ficar comprometida. Entretanto, na sua análise, não se validar as taxas de letalidade atualmente definidas pela falta de testes que identificariam o quantitativo, pelo menos, esperado de pessoas infectadas.

“Não podemos como epidemiologistas e profissionais de saúde comprometidos com a verdade, com a ciência e com os fatos, validar as taxas de letalidade atualmente definidas pela falta de testes que identificariam o quantitativo, pelo menos, esperado de pessoas infectadas. Não se podem determinar taxas de letalidade mais próximas da realidade sem testes em massa. O que temos em termos de testes positivos é somente uma ponta do iceberg”, ressalta Cremildo.

De acordo com os pesquisadores das três instituições federais de ensino, Juti, Campo Grande, Bataguassu, São Gabriel do Oeste, Dourados, Corumbá, Anaurilândia, Ladário e Chapadão do Sul são municípios que precisam de cuidados e ações urgentes. Segundo eles, o isolamento social continua sendo a principal medida de prevenção indicada pela OMS (Organização Mundial na Saúde).

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Segundo informações da Prefeitura de Barreiras, em boletim informativo à  população acerca dos dados epidemiológico no município, divulgado nesta terca-feira (09|jun), um total de 753 pessoas foram testadas desde o início dos trabalhos de controle do Coronavírus na cidade – 623 negativos e 130 positivos.

Também nesta terça-feira, a Prefeitura enviou à imprensa texto falando sobre a pesquisa do Ibope Inteligência sob a coordenação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). De acordo com a matéria, o levantamento, que busca medir a prevalência do vírus e a velocidade de expansão do Covid-19 no país, já examinou 500 pessoas em Barreiras por meio de “teste sanguíneo rápido que utiliza metodologia por punção digital”.

Cada etapa da pesquisa, que acontece simultaneamente em 133 cidades do Brasil, ocorre em 3 dias. A primeira fase deu-se entre 14 e 16 de maio. A segunda entre 04 e 06 de junho. Já a última fase deverá ser realizada nos dias 18, 19 e 20 de junho.

Ao final do estudo, o Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas terá testado 750 pessoas em Barreiras em apenas 9 dias, quase o mesmo número de exames feitos pelas autoridades de saúde no município em mais de 90 dias.

Angical, Barreiras, Brejolândia, Catolândia, Cristópolis, Ibotirama, Luís Eduardo Magalhães e Muquém do São Francisco são os municípios do Oeste da Bahia em que oferecem risco acentuado de propagar novos casos de Coronavírus (Covid-19) nas próximas semanas, aponta levantamento de pesquisadores vinculados a três universidades públicas do Brasil (Ufba, Unicamp e Uefs).

Ao compilar dados geográficos das 417 cidades baianas, considerando a presença de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos como vetores de contaminação e as relacionou àquelas que já apresentam registros de casos do Coronavírus, a pesquisa chegou ao número de 91 municípios com alto risco de disseminação da doença.

Segundo reportagem do jornalista Alexandre Santos, do portal Bahia.Ba, os autores da análise encaminharam a investigação à Secretaria de Saúde do Estado de modo a abalizar ações de enfrentamento à pandemia.

Trezentos kits contendo diversos produtos alimentícios foram distribuídos pela Prefeitura à população. Os itens faziam parte do estoque da merenda escolar. De acordo com o prefeito Gilson Bezerra de Souza, o Gilsão, “caso haja a necessidade, o governo irá adquirir mais cestas básicas para ajudar às famílias a enfrentarem o período de quarentena imposto pelas autoridade de saúde do país por causa do coronavírus”.

A Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e Vigilância Epidemiológica de Ibotirama, no Velho Chico, foram acionadas, na noite de ontem (29/mar), e interceptaram, no km 582 da BR 242, um veículo em fuga. O carro transportava três pacientes que estavam sob monitoramento médico na cidade de Seabra, em decorrência da pandemia de coronavírus. Os passageiros, dois homens e uma mulher, seriam parentes de uma pessoa que havia morrido há alguns dias com suspeita de Covid-19, no município da Chapada Diamantina, com quem mantiveram contato.  A notícia acerca da operação logo se espalhou entre os moradores de Ibotirama, causando pânico. Segundo informações de alguns grupos no WhatsApp, o comandante da 28ª Companhia Independente da Polícia Militar em Ibotirama, o Major Hildegard Dantas, e o prefeito do município, Terence Lessa, fizeram vigília até as 3h da manhã, quando conseguiram contatar a Secretaria de Saúde de Seabra e, ainda de acordo com relatos nas redes sociais, a Polícia Militar escoltou o veículo com os detidos até a cidade de Seabra. Até o momento as duas Prefeituras não falaram publicamente sobre o caso, o que seria importante, uma vez que a população segue apreensiva.

A organização da Bahia Farm Show informou nesta terça-feira (24|mar) que, em virtude do estado de calamidade pública, ocasionado pela pandemia do coronavírus, foi postergada a realização da feira, prevista para acontecer de 26 a 30 de maio de 2020, no município de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia. A Aiba, entidade realizadora da feira, analisa junto aos apoiadores, expositores e patrocinadores uma nova data, a ser anunciada oportunamente, assim que o cenário nacional se normalizar.

A decisão atende às orientações das autoridades competentes e está em consonância com o posicionamento dos organizadores dos demais eventos de grande porte, sejam eles do segmento agrícola ou não. Permaneceremos em alerta e constante vigilância, acompanhando os desdobramentos desta pandemia e adotando todas as medidas cabíveis para garantir a segurança da população, com a responsabilidade e transparência que a situação exige.

Deputados apresentaram nesta semana, na Câmara Federal propostas para destinar R$ 2,035 bilhões do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas para ações de combate à pandemia de coronavírus no Brasil. Conforme a Lei 13.488/17, esse fundo eleitoral prevê dinheiro para custear as campanhas para a sucessão municipal prevista para outubro próximo. As iniciativas partiram de integrantes do PSL, Avante, Novo e PSB. Os projetos de lei ainda serão despachados para análise das comissões permanentes da Câmara. A ideia é que, enquanto durar o combate ao Covid-19, os recursos previstos para campanhas eleitorais sejam destinados ao serviço público de saúde. Alguns textos vão além e sugerem ainda que parte do dinheiro do Fundo Partidário, destinado ao custeio do dia a dia das legendas, também seja usado em ações contra a pandemia.