Time Beira Rio da comunidade de Manoel de Souza é campeão do Ruralzão 2023 em São Desidério
Depois de dois meses e meio de competição com a participação de 15 times, o Campeonato Municipal Ruralzão definiu o campeão da temporada 2023. A equipe Beira Rio levou o título depois de muito esforço e dedicação nas partidas. O torneio foi realizado pela Prefeitura de São Desidério por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (SECULT).
A final aconteceu no domingo, 19, no Distrito de Sítio Grande e foi disputada entre Almas x Beira Rio, com a presença de autoridades e das torcidas apaixonadas pelo futebol. A Equipe de Almas fez um gol contra três gols que consagraram o time Beira Rio.
“Foi um Campeonato bem organizado e muito participativo, o trabalho visa valorizar o esporte do município, por isso parabenizamos o empenho de cada equipe que soube fazer jogos bonitos e bem disputados, parabéns também a equipe campeã por sua dedicação ao esporte”, disse o secretário da SECULT, Florentino Souza.
DESTAQUES DO CAMPEONATO RURALZÃO
Artilheiro: Daniel da equipe Timbós com 05 gols
Revelação: Cleiton dos Santos da equipe Beira Rio
Melhor jogador: Marcos Gonçalves da equipe Beira Rio
Melhor Goleiro: Jeferson Cavalcante da equipe Beira Rio
Ascom SD
Foto SECULT
Seleção de Barreiras segue na disputa do Campeonato Baiano Intermunicipal de Futebol
Com muita determinação, a Seleção de Barreiras representou o município em mais uma partida do Campeonato Baiano Intermunicipal de Futebol, realizada no último domingo, 10, no estádio Ocival Rodrigues de Souza, em São Desidério, contra a Seleção de Itapitanga, da região Sul do Estado. As duas buscam colocação para a terceira fase do Campeonato. O jogo, bastante disputado, terminou com o placar de 0 x 0, e agora as seleções se enfrentam no jogo de volta que está marcado para acontecer no próximo domingo, dia 17, na cidade de Itapitanga, às 15h.
O Campeonato Baiano Intermunicipal de Futebol é considerado o maior campeonato amador do Brasil. Só para esta segunda fase passaram 40 equipes, dentre as quais a de Barreiras, que vencendo Itapitanga na partida de domingo ficará entre as 20 equipes que disputarão a terceira fase.
Cumprindo a tabela de jogos, na primeira fase, a Seleção de Barreiras disputou partidas com as seleções de Mansidão e Luís Eduardo Magalhães, e desde o início conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Barreiras que tem incentivado a participação dos jogadores no campeonato. Presentes na arquibancada no último domingo, o secretário de Esporte, Juventude e Lazer de Barreiras, Lucas Quirino, servidores da Secretaria, e o presidente da Câmara de Vereadores, Alcione Rodrigues, apoiaram a Seleção da Capital do Oeste.
Dircom PMB
Prefeito Zito Barbosa recebe jogadores da Seleção Barreirense que participarão do Campeonato Baiano de Futebol 2023
O futebol, paixão nacional, tomou conta dos espaços esportivos da Capital do Oeste e agora, a Seleção Barreirense disputa mais um campeonato com total apoio da Prefeitura de Barreiras através da Secretaria de Esporte, Juventude e Lazer. Para incentivar e cumprimentar os jogadores, o prefeito de Barreiras, Zito Barbosa junto com o secretário de Esporte, Lucas Quirino, se reuniram com o time e equipe técnica comandada pelo técnico José Mendes, nesta quarta-feira, 19, na Secretaria de Esporte localizada na Praça da Juventude Esmail Figueiredo. O encontro contou com a presença do vice-prefeito e secretário de Planejamento, Emerson Cardoso, os vereadores Otoniel Teixeira, Dra. Graça Melo e Valdimiro José, além de toda equipe técnica da Secretaria.
Os 23 jogadores agradeceram o apoio, demonstrando grandes expectativas na competição que reúne nesta edição 100 municípios baianos. “A participação da Seleção Barreirense no Campeonato Intermunicipal é um passo importante para fortalecer ainda mais nossos talentos do futebol amador. Hoje, Barreiras vive um novo momento no esporte tanto na cidade como na zona rural com equipamentos esportivos públicos e o maciço apoio nos eventos esportivos de vôlei, basquete, jiu-jitsu, futsal e outras modalidades. E receber os jogadores que levarão o nome do futebol barreirense é motivo de alegria para toda torcida da Capital do Oeste”, disse o secretário.
A Seleção de Barreiras foi campeã da Copa Oeste de Seleções 2022, e agora em 2023, busca o título inédito do Campeonato Baiano Intermunicipal que está previsto para começar em agosto. No grupo 11 formado pelos times de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e Mansidão, disputará o primeiro jogo contra o time de Luís Eduardo Magalhães. Grande incentivador do esporte e de modo especial do futebol, o prefeito de Barreiras cumprimentou os jogadores desejando boa sorte e reforçando o compromisso da gestão com investimentos no esporte.
“Fico muito feliz com o retorno da Seleção Barreirense às grandes competições, isso é um grande incentivo para os nossos jovens e para os amantes do futebol. Temos realizado grandes investimentos no esporte como um todo, como a construção de diversos equipamentos públicos e apoio aos campeonatos, levando para os atletas da cidade e zona rural, a oportunidade da integração e congraçamento que o esporte proporciona, com as pessoas a cada dia lotando as arenas de futebol e as quadras poliesportivas, assim como este que é o mais completo complexo esportivo que é a Praça da Juventude Ismail Figueirêdo. Estamos trabalhando duro para que possamos entregar em breve a requalificação do maior templo do futebol do Oeste que é o Estádio Geraldão. Em maio, quando recebemos a notícia da participação do time Barreirense no Campeonato Baiano de Futebol, prontamente asseguramos apoio para que Barreiras tenha a oportunidade de participar com garra dessa disputa e buscar a vitória. Estaremos torcendo para que a final aconteça em nossa cidade”, destacou Zito Barbosa.
Dircom/PMB
Esporte: Barreirense de Futsal e rodadas de futebol na sede e zona rural movimentam o fim de semana
O Ginásio Municipal Baltazarino Araújo Andrade, a Arena Esportiva de Futebol Society José Antônio Botelho da Conceição, no Alphaville, a Arena do Cidé, no Barrocão de Cima e o campo da Baraúna estiveram movimentados nesse fim de semana com jogos de futebol e futsal. Os eventos são realizados pela Prefeitura de Barreiras por meio da Secretaria de Esporte, Juventude e Lazer.
No sábado, 1º, a bola rolou cedo na quadra do Ginásio Baltazarino Araújo de Andrade, na abertura do Campeonato Barreirense de Futsal envolvendo 29 equipes e mais de 600 atletas que levaram torcidas organizadas para aplaudir muitos dribles e gols no jogo entre o Madri Futsal e Iurd Futsal.
Na Arena Esportiva de Futebol Society José Antônio Botelho da Conceição, no Alphaville, a rodada de jogos da Copa Verão de Futebol Regional também chamou atenção com grande público durante a 3ª rodada de jogos com 13 disputas realizadas no sábado e domingo. Participam 30 equipes nas modalidades Sub-13 e Sub-15, dos municípios de Barreiras, Baianópolis e Angical.
No Barrocão de Cima, a abertura do Campeonato Rural Society aconteceu no sábado com o jogo Nova Vila do Barrocão de Baixo x Atletic do Barrocão de Cima, com placar empatado em 1×1. Participam mais de 160 atletas amadores, disputando a taça do campeonato que finaliza dia 2 de maio.
Mas os jogos não pararam por aí. Na Baraúna, a bola rolou mais uma vez na rodada do 2º Campeonato da Baraúna durante todo final de semana. No sábado (1º), quem levou a melhor foi o time da Baraúna em cima do Juventus, fechando placar de 3×2. No domingo (2), três jogos movimentaram a comunidade esportiva, com as disputas: Nanica e 51 com placar 0x0, Ajax e Juventude Mucambo com placar 3×2 para o Ajax e o empate de 1×1 entre o Baraúna B e Rio Grande. A tabela de jogos segue para a classificação final.
O secretário de Esporte, Juventude e Lazer, Lucas Quirino, tem acompanhado a evolução dos campeonatos e copa, elogiando a interação e comprometimento das equipes.
“ É muito bom ver a Capital do Oeste sendo reconhecida como a Capital do Esporte. E a cada competição realizada em Barreiras, seja na cidade ou na zona rural, damos um passo positivo na transformação social através do esporte. Estamos realizando campeonatos, taças e disputas esportivas pelos quatro cantos da cidade, promovendo integração e alegria entre as comunidades de Barreiras e municípios vizinhos”, destacou o secretário de Esportes, Juventude e Lazer, Lucas Quirino, lembrando que no próximo final de semana acontecerão novas rodadas de futebol society e futsal.
Dircom/PMB
Entidades e clubes abrem cofres para times menores
A indefinição a respeito da volta das atividades no universo do futebol fez com que as principais entidades de futebol decidissem criar um fundo para auxiliar os clubes menores que eventualmente sofram com a pausa.
Na quinta-feira (26|mar), a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), a Conmebol e clubes alemães que disputam a Champions League anunciaram que vão dar dinheiro para clubes mais prejudicados com a crise ou que disputam as competições. Os valores variam bastante. Vão de meio bilhão de euros para o futebol espanhol à antecipação de até 60% da cota de participação prevista pela Conmebol.
“Situações como essa requerem respostas ágeis e excepcionais, destinadas tanto a preservar a saúde da grande família do futebol sul-americano como diminuir na medida do possível o impacto econômico previsto com a interrupção de nossas competições”, declarou Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, em carta destinada aos presidentes das dez entidades sul-americanas filiadas a ela.
A federação espanhola, por sua vez, conseguiu uma linha de crédito especial com bancos para disponibilizar financiamento para as divisões principais do país.
“Conversamos com vários bancos e podemos oferecer uma linha de crédito no valor de € 500 milhões clubes da primeira e da segunda divisão que estão comdificuldades e que podem ser reembolsados nos próximos quatro, cinco ou seis anos. Minha mensagem é de união, esperança e disciplina. Todo o futebol, desde os modestos até as elites, deve enviar uma mensagem de solidariedade. Juntos, pararemos esse vírus”, afirmou Luis Rubiales, presidente da RFEF. A entidade é a favor de que os campeonatos na Espanha sejam encerrados como estavam.
Na Alemanha, Bayern de Munique, Borussia Dortmund, Red Bull Leipzig e Bayer Leverkusen anunciaram que vão destinar € 20 milhões para os demais clubes do país que estiverem com dificuldades financeiras. Desse total, € 12,5 milhões são referentes às verbas que os quatro clubes receberiam pelos direitos de transmissão do torneio na mídia alemã. Já os € 7,5 milhões restantes virão de recursos próprios.
“Esta campanha enfatiza a solidariedade. A DFL é grata aos quatro participantes da Champions League pela solidariedade perante todos os clubes”, declarou Christian Seifert, porta-voz da DFL, que será responsável por destinar essa verba.
A ajuda de clubes e entidades a times menores ainda está longe de ser cogitada no Brasil. Por aqui, times e atletas ainda não sabem como ficarão os salários, informa em boletim o Máquina do Esporte.
Políticos brasileiros vão à Espanha por clube-empresa
Um encontro reunindo políticos brasileiros, dirigentes do futebol paulista e executivos da LaLiga, em Madri, aproximou ainda mais a liga espanhola do país. A reunião realizada na sede da entidade serviu para apresentar a uma comitiva de políticos brasileiros detalhes da saúde financeira do futebol espanhol e, ainda, sobre o modelo de clube-empresa adotado naquele país.
A comitiva brasileira foi liderada por Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, e por Reinaldo Carneiro Bastos, Presidente da Federação Paulista de Futebol. Maia é um dos maiores entusiastas no Congresso para aprovar a nova lei que versará sobre o projeto de transformação de clubes em empresas. Além do tema, falou-se sobre negociação coletiva de direitos de mídia e fair play financeiro.
“É muito importante para o futebol ter um marco legal adequado que permita o crescimento da indústria do futebol. O Brasil, onde este esporte é tão importante, pode contar com toda a nossa colaboração para converter o seu futebol em uma grande indústria”, afirmou o presidente da LaLiga, Javier Tebas, após o encontro.
Recentemente, a entidade espanhola e a FPF fecharam um acordo para troca de experiências e auxílio no desenvolvimento de estratégias para o mercado de futebol. Essa foi a primeira viagem ao país espanhol para conhecer mais a fundo estratégias de gestão que funcionaram na LaLiga, informa o portal Máquina do Esporte.
“O futebol espanhol avançou muito com a centralização da venda dos direitos de mídia e com o controle financeiro dos clubes. Este é, sem dúvida, um modelo a ser seguido pelo Brasil. O sucesso do futebol nacional depende de movimentos como este que a LaLiga e o governo espanhol conduziram”, disse Carneiro Bastos.
Liga mexicana acaba com rebaixamento para ajudar clubes de futebol
A liga mexicana de futebol vai encerrar, pelos próximos cinco anos, o sistema de rebaixamento e promoção de times nas duas primeiras divisões do país. A decisão tem como objetivo equilibrar as finanças dos clubes de pequeno porte e torná-los autossustentáveis para disputar a primeira divisão.
Segundo o site Sportbusiness, a Liga MX estuda há pelo menos dois anos como tomar essa medida. Atualmente, para conseguir disputar a principal divisão mexicana, o time não precisa apenas conquistar o acesso em campo. É preciso mostrar que existem condições financeiras para que os jogadores sejam pagos em dia e durante toda a competição. Além disso, é preciso ter uma infraestrutura mínima para que a presença do clube na Primeira Divisão seja assegurada.
Isso tem feito com que vários clubes que jogam a Ascenso MX, Segunda Divisão mexicana, não consigam se tornar elegíveis para disputar a Liga MX. Isso tem gerado uma disparidade financeira muito grande entre os clubes. Para tentar reduzir esse abismo, a ideia da liga é auxiliar os clubes da “Segundona” a equilibrar suas finanças e investir em melhorias de infraestrutura.
Existe um plano para que a Ascenso MX crie oito novas vagas para a disputa da competição e, também, comece a centralizar a venda de direitos de mídia, com o objetivo de gerar maior receita a partir da venda coletiva dos direitos de transmissão.
A decisão de encerrar a promoção e o rebaixamento no campeonato se tornou mais sólida depois que a Corte Arbitral do Esporte decidiu que a Fifa não teria de intervir nesse tema dentro das ligas. O Miami FC e o Kingston Stockade tinham solicitado que fosse criado o rebaixamento e a promoção nos Estados Unidos da América.
O Campeonato Brasileiro é um produto ruim?
Quanto vale o Campeonato Brasileiro? Se dentro do mercado nacional essa é uma conta factível, com décadas de venda de direitos de televisão e patrocínios, globalmente esse é um absoluto mistério. Diferentemente do que acontece com as principais ligas do mundo, no Brasil, o torneio sempre funcionou como um braço da emissora local, a Globo, sem planos de expansão.
Detentora dos direitos internacionais, a Globo usava o Brasileirão para alimentar sua própria programação. Até o ano passado, por exemplo, era possível assistir ao torneio pelo Premiere e pela própria Globo nos Estados Unidos, em assinaturas de US$ 25. Não havia, por parte da organização do torneio, a preocupação em ir além, em buscar novos públicos e novos mercado. Por isso, não é nenhum absurdo dizer que ninguém sabe ao certo quanto vale o Brasileirão, o quanto que as emissoras ao redor do mundo estariam dispostas a gastar para exibir os principais jogos do país.
Isso explica muito por que a IMG, a candidata mais conceituada na disputa pelo torneio, não queira dar um valor fixo pelo Brasileirão. Em termos de know-how de venda de direitos de transmissão, a agência não pode ser comparada às outras duas postulantes ao produto – Betsul e TV N Sports. E é compreensível que ela pise em ovos antes de fazer uma proposta significativa.
Até porque não é difícil de supor que o Campeonato Brasileiro seja um produto ruim. Não há nos gramados nacionais nomes que possam empolgar um grande público; de Gabigol a Honda, o torneio acumula atletas que fracassam nos principais palcos do mundo. E a consequência é um nível ruim, muito abaixo das principais ligas. Para piorar, em jogos na madrugada europeia e em horários nobres demais no restante da América. Soma ainda os problemas já conhecidos, de baixo público, eventos em Data Fifa, entre outros.
Historicamente, a CBF, organizadora do Brasileirão, tem o mínimo de cuidado para pensar no Brasileirão como produto, mesmo em questões simples. Basta lembrar que o torneio passou a ter redes sociais apenas recentemente. Os cuidados das últimas temporadas, por sinal, parecem apenas maquiagem para os reais problemas. Neste ano, haverá protocolo de início, mas com jogos ao longo da Copa América.
A venda internacional faria naturalmente parte dessa construção do Brasileirão como um produto mais interessante no mercado. Caso os clubes a faça com responsabilidade, seria com décadas de atraso. O Brasileirão ainda não existe no mundo.
Por Duda Lopes
Diretor de novos negócios da Máquina do Esporte
Marca própria é o novo sócio-torcedor
O futebol brasileiro é capaz de encontrar algumas soluções curiosas para aumentar o faturamento e criar um modelo de negócios únicos em todo o mundo.
Depois da invenção do sócio-torcedor, uma alternativa encontrada pelos clubes para ter receita recorrente além da venda de ingressos, achamos um caminho para os times faturarem mais com a venda de camisas de jogo.
O resultado do Coritiba em sua rede de lojas oficiais no mês de dezembro é mais uma prova de que ter uma marca própria faz toda a diferença para os clubes. Os desempenhos recentes de Bahia e Fortaleza, a adoção do mesmo modelo pelo Ceará e o próprio estudo que o Cruzeiro faz para seguir esse caminho mostram que a solução para boa parte do futebol brasileiro está nessa centralização da venda de uniformes.
Assim como na questão do sócio-torcedor, o projeto de ter a marca própria, porém, só dá certo por ser uma solução que atende as especificidades de nosso mercado. E é isso o que há de mais legal na história.
Temos entendido que não adianta importar modelos existentes lá fora, por mais bem-sucedidos que eles sejam, se o mercado local não atende a essa demanda. O sócio-torcedor era o melhor exemplo.
Não temos a cultura, no Brasil, de fazer a compra adiantada de um serviço. Já nos anos 90 tentamos implementar a venda de carnê de ingressos para a temporada do futebol, como acontece na Europa e nos EUA, e fracassamos retumbantemente.
A solução do sócio-torcedor é fantástica. Na cabeça do consumidor brasileiro, é melhor pagar um valor fixo por mês para ter preferência para comprar um ingresso quando for a hora de ir para um jogo do que pagar antecipadamente e depois não ir ao evento.
No final das contas, o programa de sócios virou receita extra para além do ingresso…
Com a marca própria, a lógica é a mesma. Temos um país de dimensões continentais. As fornecedoras não conseguem abastecer o mercado todo. Além disso, os clubes são muito fortes localmente, mas têm apelo de venda nacionalmente. Pequeno, mas mesmo assim ainda possuem.
Com a gestão própria da marca, os clubes fazem da venda on-line a certeza de atender a seu torcedor onde ele estiver. E, com as lojas próprias na região onde há a maior concentração de vendas, conseguem abastecer o torcedor melhor que o fabricante que vende peças para o país inteiro.
Daqui a pouco, a marca própria vai se transformar em solução para diversos clubes pequenos da Europa. O jeitinho brasileiro, quando bem aplicado, é excelente
Por Erich Beting
diretor executivo da Máquina do Esporte
“A maior vitória do futebol brasileiro”, por José Colagrossi
De muitas maneiras, o futebol brasileiro virou a página de 2014 em 2019.
Como se pudéssemos esquecer, nosso futebol ficou de joelhos com a humilhação dos 7 a 1, somado ao maior escândalo de corrupção que o futebol já viu e que atingiu os principais dirigentes do futebol brasileiro e mundial em 2015, no caso “Fifagate”.
Desmoralizado, dentro e fora do campo, nosso futebol se apequenou. A gravidade da crise não foi logo percebida, em toda sua dimensão, porque o Rio 2016 serviu em grande medida para tirar muito do foco da crise pós-Copa.
Enquanto o foco da mídia e da população se voltava para os Jogos Olímpicos do Rio, todos os números do nosso futebol caíam. Público nos estádios, patrocinadores e audiência na TV refletiam o desencanto dos fãs com o esporte. De repente, o futebol brasileiro se fragilizou dentro e fora do campo como nunca.
Neste cenário de terra arrasada, a crise do pós-2014 só não foi maior por causa da entrada repentina da Caixa. Entre 2014 a 2018, a Caixa chegou a patrocinar 35 clubes por todo o país. Esse dinheiro acabou atrasando a necessária e inevitável busca pela eficiência, transparência e boa gestão de muitos clubes.
A realidade é que, por muitos anos, os clubes tiveram dinheiro fácil e farto, muitas vezes sem grandes contrapartidas. Isso ajudou a perpetuar a gestão amadora. Enquanto esse ecossistema resistia, os clubes também resistiam em se modernizar. Mas, num espaço de poucos anos, tudo mudou.
O dinheiro da TV diminuiu e passou a depender, em parte, do desempenho esportivo. Ao mesmo tempo, fornecedores de material passaram a impor um modelo de parceria. E a saída da Caixa gerou um mercado comprador onde o valor dos patrocínios baixou, e as contrapartidas aumentaram.
De repente, o modelo que sustentou, por décadas, a gestão associativa amadora dos clubes ruiu. E a diferença de performance, dentro e fora dos gramados, entre os clubes com gestão eficiente e os clubes sem ela ficou grande demais para não ser percebida, principalmente pelos torcedores.
Dados de nosso monitoramento de mídias sociais dos torcedores brasileiros mostram que a cada ano cresce o percentual dos posts que comentam sobre gestão. Em 2019 esse percentual passou de 20%. Há 3 anos atrás esse número não chegava a 1%.
Este ano será lembrado como aquele em que o torcedor finalmente aprendeu que gestão eficiente traz resultado. Isso é o passo fundamental no processo de profissionalização do futebol brasileiro. Foi a Maior Vitória do Futebol Brasileiro em 2019.
José Colagrossi – formado em Marketing pela Fairleigh Dickinson University e
MBA pela Columbia University. Atualmente é diretor executivo do Ibope Repucom.