O senador Bernie Sanders, líder das pesquisas para presidência dos Estados Unidos da América, denunciou, nesta quarta-feira (26|jan), o comportamento do seu principal concorrente, o titular do cargo Donald Trump, depois que a campanha de reeleição do presidente entrou com um processo por difamação contra o jornal New York Times por uma crítica.

“Sejamos claros”, disse Sanders em comunicado, “temos um presidente que acredita estar acima da lei e pode fazer e dizer o que quiser, sem consequências. Donald Trump ignorou a Constituição, desconsiderou a vontade do Congresso e atacou o Judiciário.”

O presidente, continuou Sanders, “chamou a imprensa de ‘inimigo do povo’ e agora está tentando desmantelar o direito à imprensa livre na Primeira Emenda – trecho da Constituição dos EUA – processando o New York Times por publicar uma coluna de opinião sobre seu relacionamento perigoso com a Rússia”.

A Freedom of the Press Foundation, entidade que defende a liberdade de imprensa, caracterizou o processo como apenas a “mais recente escalada nos ataques de Trump ao jornalismo”.

A Primeira Emenda constitucional do império ao norte do continente, adotada no ano de 1791, diz que, entre outras coisas, o “congresso não deverá fazer qualquer lei ou restringir a liberdade de expressão, ou da imprensa”. O exercício de conviver às turras com quem pensa diferente é mais que uma reação autoritária de Trump, é um método. Tal receita é empregada de igual forma no Brasil sem adição ou retoque pela família Bolsonaro.